sexta-feira, 9 de março de 2012

Ele se arrastou até o máximo em que podia ir sem cair. Então olhou para baixo.
Não conseguia ver onde terminava, mas sabia que havia um rio correndo lá. Muito acima do rio tinham nuvens. Muito acima das nuvens tinha ela. Parada ali, na ponta, se equilibrando.
Se o vento mudasse de direção, ela talvez caísse. Mas ela confiava no vento.

As nuvens passavam rapidamente por baixo dela, se transformando milhares de vezes. Ela se perguntava se elas segurariam seu peso se caísse. Mas ela não esperava cair. Não podia confiar nas nuvens.





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