segunda-feira, 12 de março de 2012

"Eu acho que esse é o último."

Ela encaixou o pedaço de vidro no espaço correspondente.

"É, acabei, o que falta é tão pequeno que não vou nem sentir machucar o pé se eu pisar em cima."

"Parabéns, Paula."

"Quer ver? tó."

Segundos depois havia vidro para todo lado, de novo.

"Desculpa! você tirou a mão muito rápido! eu ainda não tava segurando! Desculpa, desculpa!

"Não, tá tudo bem."

Ela sorriu para ele e voltou a catar os pedaços de vidro.

domingo, 11 de março de 2012

Eu digo que não sei mentir, mas é mentira.

sexta-feira, 9 de março de 2012

Ele se arrastou até o máximo em que podia ir sem cair. Então olhou para baixo.
Não conseguia ver onde terminava, mas sabia que havia um rio correndo lá. Muito acima do rio tinham nuvens. Muito acima das nuvens tinha ela. Parada ali, na ponta, se equilibrando.
Se o vento mudasse de direção, ela talvez caísse. Mas ela confiava no vento.

As nuvens passavam rapidamente por baixo dela, se transformando milhares de vezes. Ela se perguntava se elas segurariam seu peso se caísse. Mas ela não esperava cair. Não podia confiar nas nuvens.