domingo, 31 de outubro de 2010

O Amor... O Amor é...




Saí do cinema com aquelas histórias na cabeça. Um filme sobre a vida, um filme sobre o Amor.

Mesmo sendo um filme de muito tempo atrás, não mudou muita coisa.
A vida não muda muito porque as pessoas não mudam muito.
Nada muda muito.
Nem o amor. Com todas as suas formas, o amor é o mesmo. As pessoas é que mudam de amor. E o amor também muda de pessoas. Mas um não vive sem o outro.

É como um quadro, sempre a mesma cena, mas com os detalhes mudando suavemente. Como se nada mudasse de verdade, só você que pensa diferente.

É engraçado como as histórias e os finais são sempre os mesmos e o amor, que também é sempre o mesmo, que muda tudo. Como se de repente você olhasse o quadro de forma diferente.

E cada pessoa é um quadro. Todos andam por aí, desembestados, vivem esbarrando suas molduras uns nos outros.

Como é difícil falar de amor sem falar de pessoas. Não dá. É tão fácil trocar amores por pessoas. E pessoas por amores...

Talvez não me seja permitido escrever sobre amor. Mas talvez todos devessem.

São tantos amores que preenchem nossas vidas. Amores que ficam, amores que vão. Amores que nunca vem. Amores que só existem dentro da gente, amores que se propagam. Amores que agridem e que curam, que prendem e que libertam. Amores que nos fazem sorrir e que nos fazem chorar.

Tudo é motivo para amar.

Talvez eu seja feliz porque percebi que tudo é capaz de me despertar o amor. Basta olhar e perceber os detalhes, e tudo se transforma. E você se pergunta como nunca tinha visto as coisas daquele jeito. E de repente tudo se transforma de novo. Cada vez ficando mais belo, cada vez ficando mais diferente, sem mudar quase nada.

E cada vez que o tempo vai passando e tudo vai piorando, mais eu percebo o quanto sou capaz de amar mais e mais.

Todos somos.

Mas talvez nem todos percebam isso.

Porque o amor... o amor é foda.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Um momento, por favor.

Aquele momento que te faz prender a respiração. Não porque uma coisa muito boa aconteceu, mas porque se sabe que qualquer movimento em falso será o fim. Ou o começo do fim.

Um pouquinho de auto-controle não faz mal a ninguém.
Controle. Poder controlar seu próprio corpo e mente parece ser mais difícil do que controlar as milhares de coisas que poderiam estar sob seu poder.

Depois que o momento passar, você pode respirar fundo, recobrar as forças de suas pernas bambas e continuar vivendo sua vida.

Se possível evite olhar para trás. Pode trazer consequências desastrosas.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Rain Princess




By Leonid Afremov

quinta-feira, 7 de outubro de 2010


Foi no enterro do meu pai quando eu a vi pela primeira vez. De início eu achei que ela fosse um anjo, assim como todos aqueles seres iluminados que cercavam o lugar. Mas logo percebi a força de seu toque e vi que ela era como eu.

Era filha de uma amiga da minha mãe. Eu a encontrei poucas vezes desde então, podia contar nos dedos. Até 11 anos depois do nosso primeiro encontro, quando descubro que estudaríamos na mesma sala.

Pela segunda vez, eu achei que ela fosse um anjo.

Vocês devem estar achando que eu sou meio maluco, meio obsessivo com essa coisa de anjos, mas acontece que eu realmente posso vê-los. Eles estão em toda parte, sempre influenciando tudo, às vezes para o bem, às vezes para o mal. Já vi um anjo sussurrando para um cara que tinha assaltado um ônibus segundos antes do cara atirar em uma garota. Também vi um anjo entrando na ambulância que viera buscá-la e no dia seguinte descobri que ela tinha sobrevivido.

Foi quando essa garota, que quase tinha morrido, se sentou e perto de mim e abriu aquele sorriso que eu percebi que estava apaixonado.